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terça-feira, julho 22, 2014

Canta a Poupa



Cacei esta poupa com a máquina fotográfica em Colares, perto de Sintra
Que me fez lembrar Aquilino Ribeiro.

"Estava o ar manso muito moroso e iam fazer a sementeira do milho que já  a poupa ao folear por cima das paredes velhas e deslavado pente sevilhano, cantava e recantava "poupa o pão" "poupa o pão".

"Os segadores comiam à sombra dos rolheiros no espanejamento efusivo de estopas brancas. Na natureza sentia-se a chieira rechinante do fogo. acima desse zumbido difuso uma vibração quase molecular .
A poupa erguia nos carvalhais um cantar rouco de trombone up up cálido como apelo ou julgado de febre."


quinta-feira, janeiro 17, 2008

A Cabo sem Cabo (continuação)

E afinal lá vieram trazer aquilo tudo: dois aparelhos muito giros, pequeninos e brancos chamados Rucas, uma caixa chamada Box que eu tive que pagar (ninguém me tinha dito que era a pagar), etc... e finalmente lá tenho 140 canais de TV, incluindo 4 pornográficos horrendos, logo a seguir a três de religião!

Que seca! Os Rucas acendem e piscam o dia todo e toda a santa noite. A minha simpática televisãozinha antiga e minúscula já apanha vários canais novos, mesmo sem rucas nem boxes, só com uma antenita.

Resultado: desliguei tudo da ficha e comecei a ler "A Casa Grande de Romarigães" do Aquilino Ribeiro.
É giro, já tinha lido, mas não me lembrava de nada. Agora confesso que não percebo muitas das palavras, sobretudo os regionalismos e uma ou outra metáfora, pois para as entender era preciso perceber quase de agricultura. É sem dúvida um escritor muito interessante e versátil, mas receio que esteja condenado a que ninguém o entenda, nunca mais.
Enfim, é sempre possível estudar o português medieval, mas este... do sec. XX?