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terça-feira, março 24, 2015

Le Chat du Rabin: o Gato do Rabino




Este filme resulta de uma banda desenhada, O Gato do Rabino .

Muito interessante, alia a animação de desenhos a uma atitude filosófica e mística judaica. 
Belos desenhos. 
Baseada no  facto deq ue o gato do rabino comeu um papagaio e portanto começou a falar e a  dizer oq ue pensava, incluindo que amava a dona, a filha do rabino.

quarta-feira, janeiro 28, 2015

Filme: "Mr. Turner"







Adoro a pintura de Turner, quase toda vocacionada para o mar e para a navegação por mar, com tudo o que o mar nos pode trazer:  navegações tranquilas, batalhas tenebrosas, terríveis tempestades.

Fui ver o filme, com grande expectativa.

Mas...

Creio que vou gostar da próxima vez que o vir, ultrapassada já a deceção de ver a personagem principal, o pintor Turner, como criatura vulgar, quase grotesca, quase ridícula. Seria assim? Mas não era assim que eu o imaginava.

Ultrapassado esse grande handicap, poderemos ver uma tentativa de reconstituição da época, muito rigorosa, embora mantendo e reconstituindo as cores e os tons da pintura de Turner.

Quanto à biografia, escapam, pela positiva, dois ou três episódios: quando Turner manda que o amarrem ao mastro do navio para poder ver e sentir uma enorme tempestade, ficando depois muito doente, pois sofria dos brônquios, quando, pouco antes de morrer, sai de casa descalço e em trajes menores, para pintar uma rapariga que morreu afogada, quando diz as suas últimas palavras: "O Sol é Deus!".

Até aí, vemos um ser talvez superior num corpo feio e grotesco, com uma personalidade grosseira, a não ser no que diz respeito à arte. Trata as pessoas de forma grosseira, nomeadamente as mulheres, revelando grande insensibilidade, revelando uma sensualidade animalesca e desprovida de emoção e afeto, o que se traduz por pouco amor e pouco apreço que recebe. A não ser da parte da criada, que o ama, porque não está habituada a ser respeitada.

Entendi, talvez, assim: Turner mostra-nos o lado belo das coisas tenebrosas. O filme faz o oposto, mostra o lado feio do pintor. Muitíssimo feio. E chato. 

As paisagens e outras imagens do filme são bonitas e enquadradas nos tons da sua pintura, mas o filme evita algo de muito difícil: a relação com o mar. O mar é quase sempre visto à distância, falado, referido, mas nunca encenado, nunca encarado de frente.
E, no entanto, é esta a grandeza da sua arte: uma relação justa com o mar.


Se vale a pena ver? Sim. Com reservas.







sexta-feira, novembro 21, 2014

Longa metragem Os Tomates do Padre Inácio








Pouco sei dizer sobre esta longa metragem, estreada recentemente em Coimbra, de que aqui apresento o trailer.

A não ser que é de morrer a rir e que espero, venha a tornar-se vital e a ser um must do cinema português, ou, pelo menos, do humor português.

Quanto ao título, tenho reminiscências de ouvir algo no género, mamão me lembro a que propósito.

sábado, setembro 20, 2014

Boa noite de sábado na terra



Boa noite de sábado para os meus amigos e amigas: é fácil, basta saber que não estamos a afundar-nos
que debaixo da nossa cama não há tubarões... 
só não entende isto quem nunca navegou pelos mares.


terça-feira, setembro 09, 2014

Filme A Viagem dos Cem Passos: França e Índia na culinária





Até há pouco tempo, a culinária era considerada uma profissão menor, relegada para o gueto das profissões em que não era exigida uma licenciatura.

Em Portugal, pelo menos. Em França sempre foi uma arte maior, tal como a costura e outros "artesanatos"... enfim.

O que se reflete na literatura. Foi necessário o advento das mulheres escritoras, sobretudo em fins de Século XX, para que a cozinha, a comida e a culinária pudessem emprestar à literatura as impressões sensitivas: o gosto, o olfato, o tato, neste caso, das texturas...

Enfim, a literatura quase descobriu o prazer de viver. Sendo que as mulheres contribuíram muito para isso, opondo-se às elucubrações pessimistas e decadentes da poesia e da narrativa, dominadas pelos homens, até então.

E finalmente, o cinema. Há agora filmes fantásticos como este, A Viagem dos Cem Passos apelando para os prazeres da mesa.

Este filme tem todo o apelo comercial dos filmes americanos, mais a paisagem francesa, mais o requinte das especiarias indianas, muito mais antigas do que tudo isto. E ainda a referência (vaga) à problemática da direita francesa, contrária à emigração e à diferença, no oposto dos ideais de Liberdade, Igualdade, Fraternidade, também difundidos pelos franceses e ao contrário do Hino, A Merselhesa, que é reacionário.



sábado, abril 20, 2013

A Fonte das Mulheres



Eu andava com muita curiosidade de ver este filme, já que vi o trailer num festival de cinema em Lisboa. Passou hoje no TVC 2, a repetir.

A ação decorre numa pequena aldeia muçulmana, algures entre o Norte de África e o Médio Oriente, uma terra vencida e estagnada por uma seca de vários anos.
Os homens que cultivavam a terra e participavam em guerras, não fazem agora nada, com a seca e a paz, mas as mulheres continuam a realizar trabalhos pesadíssimos, como ir buscar água a uma fonte nas montanhas, por caminhos de cabras, carregar lenha pelos mesmos caminhos, ou a eito por terras escarpadas. Enfim, fazem todo o trabalho que existe na aldeia. Uma delas, vinda de fora, convence as outras a fazerem uma greve "ao amor" com os maridos.

Nas sociedades que imaginamos tão fechadas e rígidas, haverá, afinal, lugar a amor, à vitalidade, à revolta das mulheres, à fraqueza dos homens, insuspeitada até deles mesmos...

Um belo filme.

domingo, janeiro 20, 2013

quarta-feira, abril 25, 2012

Filme português Tabu: quem é o meu vizinho?

Fui ver este filme, Tabu, que é uma seca razoável a preto e branco, com a moda do preto e do branco numa paisagem africana que deve ser muito colorida, mas que imaginamos a preto e branco por ouvirmos falar e por ter ficado registada em vídeos sem cor, nessa época colonial.

Tem alguma graça, às vezes, e sobretudo a graça de podermos imaginar que a velhinha que é a nossa vizinha do lado talvez seja uma criatura aventurosa que teve uma fazenda em África, ou mesmo uma antiga passionara e assassina...
E o velhinho do lar de velhinhos talvez tenha sido um mata-corações, caçador de leões e de jacarés em África... ao ponto de uma mulher cometer um crime por ele.

Ele há cousas!!! 

Sempre que as personagens se deslocam, vão acompanhadas de vários negros que fazem tudo, com toda a submissão. Provavelmente reflete a realidade da época, mas faz impressão.

sábado, abril 14, 2012

Filme: O Exótico Hotel Marigold





Vi ontem, em antestreia, um ótimo filme, como há tempos não via nenhum.


A acção decorre na Índia, aonde foram parar várias pessoas da terceira idade, desiludidas com o seu status no país de origem e, aparentemente iludidas pelo sonho de um rapaz indiano e lunático, de fazer um hotel para a terceira idade, transformando para isso um estabelecimento hoteleiro que herdou, degradado e falido.
O filme é extremamente engraçado, sem ser um filme cómico e mostra-nos como, num novo mundo e numa nova era em que vivemos, a idade tem muito que se lhe diga.

sábado, outubro 15, 2011

Festa do Cinema Francês

Passou hoje um ótimo filme:

 Premières neiges de Aida Begic


VER AQUI

Também deve ser muito interessante um filme chamado a Fonte das Mulheres

LA SOURCE DES FEMMES de Radu Mihaileanu

terça-feira, setembro 06, 2011

Filme Uma flor no deserto



Agora que muitas pessoas desistiram do Telecine, por causa da crise, finalmente começam a  passar filmes bons, tal como acontecia quando aderi. Filmes não necessariamente comerciais.
É o caso do que referi no post anterior e também de Uma Flor no Deserto. Narra a história da modelo Waris Dirie, da Somália, que foi excisada aos três anos.
Ficou também conhecida por ter sido a primeira pessoa a denunciar a excisão (mutilação genital feminina). É agora representante das Nações Unidas.
Esta mutilação faz-se hoje em dia nas nossas barbas, na Europa e nos Estados Unidos.


sábado, setembro 03, 2011

Filme Ondine



Vi agora na televisão, Tevecine, um filme lindíssimo, de grande beleza plástica, em que a realidade e a fantasia se entrelaçam de forma invulgar.
É quase todo filmado no mar ou nas margens. A música, de Sigur Ros (minuto 3:30), faz pensar no canto das baleias ou dos golfinhos.
Chama-se Ondine, é de 2009, realizador Neil Jordan e  a ficha técnica está aqui:
CLICAR
Resumindo: narra  a história de um pescador irlandês que pesca uma mulher na rede e acredita, ele e a filha doente, que se trata de uma "selke", uma ninfa do mar irlandesa.

terça-feira, maio 17, 2011

Água para elefantes



Este é um daqueles filmes que nos ficam na memória e que regressam a ela sempre que podem, sempre que há espaço, como algo de belo e de suave a recordar.

domingo, fevereiro 27, 2011

Precious


Acabo de ver no Tv Cine um óptimo filme de 2010: Precious.
É o retrato duma América (USA) que não conhecemos e dificilmente imaginamos, pois parece ser pior do que tudo o que conhecemos. Passado no Harlem, embora, como filme, capte a beleza de lugares degradados e mesmo sórdidos, mostra a história de uma jovem negra, obesa, abusada pelos pais... e grávida do segundo filho (chamam Monga à primeira, como diminutivo de mongolóide).
A protagonista tem 17 anos e não sabe ler, embora tenha frequentado sempre a escola. Vive com a mãe à custa da Segurança Social.
Ficamos a perceber melhor a importância da educação...
Com a ajuda de uma professora para adultos, consegue libertar-se dos condicionalismos do nascimento.

VER AQUI O TRAILER

sábado, outubro 02, 2010

Filme Comer, Orar, Amar

Já escrevi aqui vários comentários sobre o livro, que me deixou um sentido de incompletude, ao ponto de imaginar que, provavelmente, o filme seria muito melhor.
Com grande entusiasmo, fui ver o filme e por pouco não saí a meio.
O filme acentua e multiplica por mil o defeito do livro, que, alegadamente, pretendendo ser uma viagem espiritual, passando da matéria concreta (comer) para o espírito (orar) e depois para o amor, a grande energia que transforma a matéria em espírito (é esta a ideia).  Esta de a matéria se transformar em energia é aquela fórmula conhecida do Einstein.  A energia ser o espírito é a base das teorias filosóficas e místicas do Oriente, na sua posterior tradução para o Ocidente, o qual precisa de fórmulas e de Einsteins, quanto mais incompreendidos e marginalizados melhor.
Tanto o livro como o filme dão a ideia (talvez errada?:)) de que a tipa, afinal, só andava à procura dum homem. Ou de que a única coisa importante neste mundo é que uma tipa gira encontre um tipo. E desde que haja sexo, tudo bem... faz bem à saúde, etc.


O único problema é que, tanto o livro como o filme parecem querer demonstrar exactamente o oposto de tudo isto. E negar que as americanas só pensam em sexo.
É chato. Como se diz agora: um flop. Pior: um flopezinho.

terça-feira, julho 13, 2010

Pearl Buck: A Grande Vaga



Ando a ler, entre outros, um livro que encontrei por um euro na livraria Ler Devagar, onde agora vou quase todos os dias: também tem um barzinho e mesas para ler. Está traduzido em francês, mas é o livro de memórias da Pearl Book intitulado A Bridge to Pass.
Como se trata de uma das minhas escritoras favoritas e dado que tenho agora tempo, venho de vez em quando à net à procura das coisas que refere, como um filme baseado numa sua novela que narra um Tsunami no Japão, " The big wave", ou o compositor que escolheu para a banda sonora, Toshirô Mayuzumi, etc.
É fantástico ler assim. Encontrei no youtube algumas cenas do filme, do qual a Pearl conta a rodagem... e que coloquei aqui , para vocês. Tão actual!
Um dia haverá livros assim, que incluem o filme, vídeos do autor, etc. Não me refiro ao futuro, é algo possível agora...

(Algumas pessoas que me conhecem na "vida real" consideram-me ingénua, idealista, poética, lírica, ou seja, parva, em parte por crer no futuro. Eu a elas só as considero estúpidas e ignorantes. Recentemente apaguei uma "amizade" no Facebook por ter feito um comentário desse tipo. LOL.).
Bendita net, que nos permite entrar em contacto com gente que nos entende!

Mas o que mais me surpreendeu foi a biografia de Pearl Buck, que desconhecia por completo: tendo tido uma primeira filha atrasada, é o nome que utiliza, dedicou parte da sua vida e da vida de toda a família a apoiar as pessoas "atrasadas" e suas famílias, assim como a procurar famílias americanas dispostas a adoptar crianças mestiças, por exemplo de chinês ou japonês e americano. Na época, essas pessoas eram rejeitadas, sendo símbolo dessa rejeição a ópera de Puccini Madame Butterfly.
Uma das famílias a adoptá-los foi a sua própria, tendo tomado conta de várias crianças.
Li mil vezes o livro The Good Earth traduzido como Terra Bendita ou Boa Terra.

P.S.:
Embora pareça baratíssimo este livro, que só custou um Euro e é óptimo e raro, andei à procura de livros desta escritora, que não tivesse lido, em Amazon. com e descobri vários a um cêntimode Dólar. Um cêntimo de Dólar é menos que um cêntimo de Euro. Mas nós somos ricos, podemos comprar livros caros.
Não acham?

terça-feira, junho 29, 2010

Para o Miguel: O Primeiro Navio a Vapor



"Está avançando sem remos nem velas!" - exclama o pirata, abismado.
Ainda o filme "Cantando por detrás das cortinas", baseado na vida de uma pirata chinesa. Ver penúltimo post deste blogue.

quarta-feira, junho 23, 2010

Cantando dietro i paraventi


CANTANDO DIETRO I PARAVENTI

Um filme de Ermanno Olmi, de 2003, passado na China Imperial, é inspirado na história verdadeira da (mulher) pirata chinesa Ching. O realizador tem também "A árvore dos tamancos", muito bonito, mas mais antigo e neo-realista.
Este é de uma beleza surpreendente.
É um dos meus filmes favoritos, como tenho no perfil. Vejam que imagens tão belas!

Em português: "Cantando por detrás das cortinas" (que seria o destino desta mulher, como o de todas, se não se tivesse tornado pirata). Por amor e por ódio. Que é, às vezes, uma das formas de que se reveste o amor...

Ver em "écran" completo.

sexta-feira, julho 17, 2009

Filmes

Mudando de assunto para um mais levinho, vi dois filmes na televisão de que gostei, no TVCine.
Um chama-se seda e é baseado no romance homónimo do italiano Alessandro Baricco, também ele digno de se ler e com um estilo original, o que é raro hoje em dia.
O outro passa-se na China, creio eu, com uma paisagem campestre belíssima e estranha. Chama-se: Primavera numa pequena terra (ou vila?).
A única coisa que gosto de ver na televisão é cinema, mas também é raro encontrar algo que me agrade muito.
São filmes muito tranquilos, muito baseados na sensibilidade.