quarta-feira, dezembro 30, 2015

Um poema de Baudelaire

L'Homme et la mer
Homme libre, toujours tu chériras la mer!
La mer est ton miroir; tu contemples ton âme
Dans le déroulement infini de sa lame,
Et ton esprit n'est pas un gouffre moins amer.
Tu te plais à plonger au sein de ton image;
Tu l'embrasses des yeux et des bras, et ton coeur
Se distrait quelquefois de sa propre rumeur
Au bruit de cette plainte indomptable et sauvage.
Vous êtes tous les deux ténébreux et discrets:
Homme, nul n'a sondé le fond de tes abîmes;
Ô mer, nul ne connaît tes richesses intimes,
Tant vous êtes jaloux de garder vos secrets!
Et cependant voilà des siècles innombrables
Que vous vous combattez sans pitié ni remords,
Tellement vous aimez le carnage et la mort,
Ô lutteurs éternels, ô frères implacables!
— Charles Baudelaire

quinta-feira, dezembro 24, 2015

Feliz Natal





Feliz Natal para os leitores, amigos e seguidores deste blogue.
Que vão mudando com o tempo, pois já tem muitos anos.

domingo, dezembro 13, 2015

Manoel de Oliveira




Estão  a dar, no TVcine 2, todos os filmes de Manoel de Oliveira, todos seguidos.
Pode parecer monótono ver um filme deste realizador, mas é menos monótono se o vemos em casa, podendo parar e reatar quando quisermos.
Na verdade, é uma experiência tão extraordinária que não vamos querer parar.
Manoel de Oliveira valoriza muitíssimo as paisagens portuguesas, as paisagens rurais e os palácios e palacetes rurais, fazendo-nos apreciar uma beleza que não nos é estranha, a não ser que nunca tenhamos reparado nela.
Neste último caso, faz-nos ver uma beleza que conhecemos como realidade e que passamos a conhecer como esplendor do mundo.

Se as personagens nos parecem estranhas, quase todos da alta sociedade altamente minoritária, é talvez porque essa sociedade é a mais culta. 
Pelo que afirmam e discutem, somos levados a refletir sobre a humanidade. Não tanto portuguesa, como europeia e universal.
Pois a humanidade não é portuguesa nem europeia.
Mas sim universal.
A beleza existe em toda a parte, mas ao nível paisagístico existe uma beleza portuguesa. 
Como sentimos nostalgia ao ver uma paisagem italiana, imbuída das representações e sensações italianas, iremos ver sentir um dia  nostalgia da paisagem portuguesa, tornada saudosa e sensívelpor Manoel de Oliveira.








É Natal? Pode ser ou não ser. Depende.

Há no Facebook uma mensagem de Natal que afirma algo como: muitas pessoas têm um Natal triste porque estão sozinhas, etc... 

 Parece-me que temos a liberdade de festejar, ou não, o Natal, mas se o festejarmos, só pode ser como data alegre e solidária. Não entendo que se possa celebrar o Natal como dia triste ou deprimente, pois o seu sentido é exatamente de dia e noite felizes. 

Não é obrigatório comer nesse dia bacalhau ou peru, não é obrigatório festejar o Natal, não é obrigatório ser religioso e cristão. 

 Quem não é religioso ou sendo religioso, não é cristão nem deveria festejar o Natal. 

Se o faz, deve respeitar a mensagem salvífica e de esperança, não neste mundo, mas num mundo melhor. 

 O Natal é puramente espiritual, não tem nada a ver com a realidade presente. 

Ou então, não é Natal.

sábado, dezembro 12, 2015

"viver muito tempo é um dom de Deus. Mas tem o seu preço."

Diz o Manoel de Oliveira no seu filme "viagem ao princípio do mundo": " viver muito tempo é um dom de Deus. Mas tem o seu preço." 
Ele, que viveu Anto tempo, é que  sabe.
Creio que muitos de nós vamos aprender isto.

Para quando um Simplex nas fórmulas de tratamento?

- Nao trates a setôra por você.
- Então como é que a hei-de tratar? Por tu?
- Ó setôra, não devemos tratar as setores por você, pois não?
- Não, claro que não, o tratamento por você é muito familiar, é quase tu. Os brasileiros até dizem: " Pode me tratar por você".
- Ó setôra, então como hei-de dizer?
- Em vez de você, diga setôra.
- Setôra? Mas setôra é um erro. Essa palavra nem existe!

Língua portuguesa complicadinha hem? E é sempre muito difícil explicar isto do você. Nem eu concordo com esta complicação toda nas fórmulas de tratamento. 

Uma professora chamou malcriado a um aluno porque ele chamou Senhora Diretora à senhora diretora, pensou que estava a ser irónico, mas os miúdos pequenos não têm o sentido da ironia e ele foi, muito sério, perguntar à professora de Português se era falta de educação falar assim. Realmente, já tudo parece possível.  
Dizer-lhes que digam senhora doutora é agora impensável. Setôra quer dizer, para os alunos, senhora professora e não senhora doutora, tratamento que caiu em desuso para professores. Isso sim, pareceria irónico.
Chamar professora seria o acertado , mas não é assim que se fala, hoje em dia é não existem maneiras acertadas, só existem formas convencionais de proceder. 

Tarde ou cedo, terá de haver um Simplex de toda esta trapalhada.

Que até já está em curso.

quinta-feira, dezembro 10, 2015

Somos um estado laico, ou somos estado laico que se verga perante os preceitos da religião muçulmana?

IEsta questão tem sido levantada, mas em Portugal tudo é aprovado por consenso e a pressão social faz o resto: os muçulmanos, incluindo refugiados sírios, podem andar aqui de cara tapada? Digamos, as mulheres. Mas eu sei lá se uma criatura de cara tapada é homem ou mulher? Outra: é noticiado nos jornais que os refugiados, por serem muçulmanos, aqui em Portugal podem escolher, os homens um médico homem, as mulheres uma médica. Mas não  somos um estado laico? As portuguesas pobres põem escolher uma ginecologista mulher? 
Vamos deixar de ser estado laico paras respeitar a religião muçulmana nas escolhas laicas? 
Onde está a reflexão / discussão sobre todos estes temas?
Sou a favor do acolhimento o mais solidário possível dos refugiados.
Mas deve o estado laico respeitar os preceitos da religião muçulmana, se não respeita os da cristã.
Isto não é bondade nem maldade. É estupidez.

Exemplo: embora não me pareça mal, tem sido até agora um preceito importante da religião católica o não poder a mulher abortar, mas o estado permite o aborto e até o financia.

Sim, devemos acolher bem os refugiados, como estado laico. Mas são eles que devem adaptar-se a democracia, não somos nós que devemos adaptar-nos ao obscurantismo de certos costumes religiosos.

quarta-feira, dezembro 02, 2015

Exames? Sim ou não?

Os exames, os do quarto ano incluídos, são muito bons para as editoras venderem livros de preparação para os exames, para os centros de explicações venderem explicações para os exames e para os professores formatarem os alunos para os exames. Por exemplo, a português, a partir do décimo ano, ensina-se os alunos a escrever textos argumentativos com 250 palavras, com dois argumentos e um exemplo para cada um. Para quê? Para o exame. Os parágrafos devem começar com "de facto",ou " assim", "por outro lado" e o último por "em suma" ou "em conclusão". Sabiam que só assim é que um texto está correto? De acordo com os critérios de correção, forjados por meia dúzia de louvaminhas dos regimes. Não acham isto ridículo? Mas é a concorrência entre escolas a falar mais alto. Criatividade? Forget, temos mais que fazer. Dois argumentozinhos e dois exemplozinhos, como diria o Eça.

sábado, novembro 28, 2015

domingo, novembro 22, 2015

sábado, novembro 21, 2015

Presépios de Belém: refugiados




Em novembro,a Sagrada Família, refugiada, dirige-se a Belém, enfrentando perigos terríveis. Como se vê, ampliando a imagem, se for preciso.

Mergulhados na água e na luz: a pintura de Joaquim Sorolla







O Museu Nacional de Arte Antiga trouxe a Lisboa várias obras de Joaquim Sorolla, considerado o pintor da luz, pela forma particular como joga com este elemento pictórico.


Gostei particularmente dos estudos e pinturas sobre o mar, sobretudo os regressos da pesca. É também muito sensível no modo como capta o olhar, obediência e a força dos animais, em total sintonia, direi mesmo em total parceria com os homens.


Há também uma aliança entre a força, a bondade e a ternura, nestas criaturas, animais e homens que, juntamente com os barcos, nos surgem do nada, mergulhados na água salgada e na luz.

domingo, novembro 15, 2015

Laurie Anderson

I've seen your film "The Heart of a Dog", yesteday in Lisbon.

And would like to ask You a question:

Hoje do I recognise myself if I do not have a body?

 How can I distinguish myself from the others, if I do not have a body?

:)

É claro que todos somos a favor da paz. Mas o que é a paz?


Parece-me que muitos dos meus amigos, muito bem intencionados, claro, não entendem que a nossa relação com o médio oriente é uma questão geoestrategica e geopolítica. 
Assim, uma potência regional, como o Iraque do Sadham, é deixada em paz pelas potências mundiais, porque mantém a região controlada. Direitos humanos não há, crimes praticados pelas autoridades há muitos, mas "a nós, ninguém nos chateia. O problema é que essas potências regionais vão adquirindo muito poderes e querem passar a controlar outra região que fica perto, por exemplo, a Europa. Que faz a Europa? Da última vez, ficou à espera dos Estados Unidos. Todo o ocidente tem cometido erros, por não entender o que é o fundamentalismo islâmico. Afinal,  o requinte do ocidente é ser ateu, não é? Quem são esses bárbaros que se reclamam do Islao?
 Deixem-nos andar, não os chateiem. 
Claro que somos a favor da paz. Mas o que é a paz?

Nunca Maquiavel foi tão atual!

sábado, novembro 14, 2015

Pray for Paris

I




Realizou-se esta semana o festival hindu Diwali, um dos festivais da lua cheia do Oriente e o principal, que celebra a vitória da luz sobre a escuridão.
Na mesma semana, em Paris, houve uma pequena vitória da escuridão sobre a luz.

Mas todas as luzes do mundo se acendem para afastar as trevas. 

Citando Sophia de Mello Breyner no poema "O Crepúsculo dos Deuses":

"A treva \ Foi exposta e sacrificada em grandes pátios brancos".

Ver aqui vídeo sobre as lanternas volantes que iluminam anote do Diwali





quinta-feira, novembro 12, 2015

Obrigada, criaturas do Neandertal, por nos fazerem reparar que... estamos noutra era

Uma criatura chamada Pedro Arroja fez rir o país e sobretudo o Facebook pelo ridículo das suas declarações, que seriam muito vulgares em inícios ou meados do Século XX.

Diz a avantesma que não queria aquelas mulheres do Bloco de Esquerda, sem se perguntar se passaria  pela cabeça das mulheres do Bloco de Esquerda interessarem-se por semelhante criatura.

O BE exige que o senhor peça desculpa, mas ninguém pede desculpa por ser ridículo. E mesmo que peça...

Obrigada, criaturas do Neandertal, por nos fazerem reparar que somos tão civilizados, tão modernos...
Que estamos noutra era.



Muito interessante o post deste blogue  sobre o assunto

Praça do Bocage

Citando : ""Há um enxame de medíocres vespas asiáticas ao assalto em defesa de uma nova barbárie política económica e social totalitária que quer comandar o mundo""


terça-feira, novembro 10, 2015

Soluções económicas?

Tão difícil assim? Não pode haver uma lei portuguesa que obrigue  o Pingo Doce português a pagar impostos em Portugal? E que carrada de impostos que aí vêm!!!!!!!

Se não sabem, o Pingo Doce paga impostos na Holanda. Porquê?

Entornou-se o Caldo!!! Que bom! Alguma Coisa Ainda Mexe

Pela primeira vez desde o PREC vejo no Facebook uma guerra pegada entre a esquerda e a direita. A guerra que fazia entornar o caldo, nas refeições familiares, incompatibilizar para toda a vida pais e filhos, esposas e maridos, irmão se irmãos. Temos aqui agora um arremedo.

Vocês, os jovens, nem imaginam como foi divertido! Ahahaha!
Mas ainda bem que há betinhos de esquerda e de extrema esquerda, como sempre houve. Para nem falar dos pobretões (económicos e mentais) da direita. Como sempre houve.

Vamos curtir este PREC

É ter levado muita gente a pensar que a Alemanha da Merkel defende os interesses dos portugueses.

As pessoas que estão aterrorizadas pelo novo governo de esquerda,  que lhes parece o caos, talvez nunca tenham ouvido falar de Keynes e de Keynesianismo, que salvou a Europa e em particular Alemanha, após a segunda guerra. 
Talvez nunca tenham pensado que a política e os políticos devem esperar e fabricar, ou ajudar a fazer, um mundo melhor, uma espécie de Jerusalém Terrestre, pois esta ideia não existe na direita, a despeito de ser uma ideia areligiosa e mística. 

O pior desta gente medíocre que nos governou estes anos a mando da Alemanha, é ter levado muita gente a pensar que Não Há Alternativa, na sigla inglesa, TINA (There Is No Alternative). 

É ter levado muita gente a pensar que a Alemanha da Merkel defende os interesses dos portugueses. 
É ter levado muita gente a pensar que não é possível modificar a Europa. 
É ter levado muita gente a pensar que não é possível modificar aquilo que é humano.
Ou seja, o Mundo

quarta-feira, novembro 04, 2015

A moderna China



Livro muito interessante sobre a nova China, rendida as grandes empresas americanas que nela procuram trabalho escravo e fáceis fraudes econômicas. Ainda com recordações da "revolução cultural" em que os estudantes se misturavam  com os camponeses, sem que se tenha conseguido ultrapassar os mais antigos tabus, em vigor hoje em dia. O livro só custa 5 euros na loja do jardim de campo de Ourique. E noutros sítios, em Portugal.

sábado, outubro 24, 2015

A maioria de esquerda em Portugal é uma vitória dos Gregos. Como todas as vitórias europeias nos últimos 2000 anos

Era muito importante derrotar o Sirysa.

Porque o Sirysa influencia toda a Europa.
É por causa do Sirysa que existe o Podemos.
É por causa do Sirysa que temos em Portugal uma maioria de esquerda


O que não interessa mesmo nada à direita europeia é haver governos de esquerda em toda a Europa.


Um governo de coligação de esquerda em Portugal seria um mau exemplo para a União Europeia, para o Schauble e para a Merkel.

Usar o dinheiro das reformas dos velhinhos para pagar os bancos, para pagar a corrupção é tão bom!
Uma da manhã. Bem bom!
Duas da Manhã. Bem bom!
Como dizia  a primeira mulher do atual primeiro ministro.

Isto é um sinal dos Tempos!

sexta-feira, outubro 23, 2015

Quem é o autor do livro de Sócrates? E o comprador?


Quem é o autor do livro de Sócrates? - Domingos Farinho

Quem é o comprador do livro de Sócrates? - Sócrates


De tanto que este blogue escreveu sobre Sócrates, não podia deixar passar mais esta telenovela.
Segundo o jornal Sol, não foi Sócrates que escreveu o livro publicado por ele e comprado aos milhares por ele, provavelmente para destruir.

Não, o autor foi um professor chamado Domingos Soares Farinho.

Não há uma que seja verdadeira.  Diz o motorista Perna, que lhe servia de correio: "ele escreveu tanto o livro como eu".

E esta? Ou seja, e mais esta?

De Senhora Doutora a senhora Maria

Já repararam que, sem nos darmos conta disso, as pessoas deixaram de chamar doutor ou doutora aos licenciados?
Não houve nenhuma revolução, mas sim uma mudança muito rápida.  Demorou menos de uma década e tem a ver com a crise.
A mim, chama-me agora Professora, porque sou professora, ou então Senhora Dona, ou só Dona em situações não profissionais.

E nos call centers e outros sítios de marketing, só falta chamarem-me senhora Maria, como antigamente se chamava às pobres de pedir :).

A uma mulher chamada Maria Isabel, chama-lhe senhora Maria, na tentativa de a fazerem sentir-se tão mal, que se rende e se torna capaz de comprar tudo o que lhe queiram impingir.

segunda-feira, outubro 19, 2015

Farta de ouvir dizer que Salazar era honesto



Para que queria ele os milhões na Suíça, se não tencionava desamparar a loja até morrer e viver à custa do estado, com um poder que já ninguém tinha nessa época? A nadar no ouro do estado, que também já não servia para nada, mas que era dele...


Só sabemos comparar este vigarista com os outros e considerar que a "honestidade" é um bem em si.
Não, não é. Deveria ser o normal. O bem em si é a competência!

domingo, outubro 18, 2015

Decisão presidencial para as Calendas Gregas

Será que o Cavacao consegue decidir alguma coisa ainda antes das eleições presidenciais, ou vai deixar a decisão para o próximo presidente?

Custa assim tanto engolir um sapo?

sábado, outubro 17, 2015

Esquerda Direita... E Volver!

Creio que começo a entender a direita: inclui a classe média alta que, não se identificando com os políticos medíocres da direita muito menos se identifica com a ideologia política da esquerda, uma gentalha oportunista, sem sinceridade política e sem ideais, para quem serve tudo menos tirar olhos e uma gente conservadora que não gosta de modernices...

A ideia de uma política idealista para um futuro igualitário, em que haja abundância de tudo para todos, alegria e felicidade para todos, não existe nesta direita. Nem na religião católica que a veicula.

O Papa Francisco é de esquerda, 

domingo, outubro 11, 2015

Existe um remédio para o medo. Chama-se coragem

Está tudo com medinho de um governo de esquerda?

O primeiro da nossa democracia quarentona? Democracia Ainda não adulta, mad já caduca. 
Até agora, só tivemos dois regimes no governo: direita a fingir que é esquerda (PSD e quejandos) e direita a fingir que é esquerda ( PS de Sócrates e quejandos).

A ideia de haver alternativa assusta-os muito.

Mas existe um remédio para o medo. Chama-se coragem.

sábado, outubro 10, 2015

Fora com a TINA!

O que está em causa nestas eleições é apenas o conceito de TINA, sigla criada pela Margareth Thatcher para dizer que não há alternativa (there is no alternative).

O Syrisa, o Podemos dizem que não há TINA, fora com a TINA! 
Agora os nossos partidos de esquerda querem o mesmo.
Quando, na Europa  houver vários países com alternativas, lá se vai aTINA.

Dislexia



Este blogue tem exercícios úteis para tratar a dislexia

Ver aqui


terça-feira, setembro 29, 2015

POEMA PAF PAF PAF



Uma da manhã: PAF PAF
Toma lá duas chapadas nas trombas
BEM BOM!

Duas da Manhã: PAF PAF PAF
Pega lá 3 chapadas nas trombas
BEM BOM!

TRÊS da Manhã: PAF PAF PAF PAF
Pega lá com quatro chapadas nas trombas!
BEM BOM!

Quatro da manhã bem bom
Sem saber o que será depois

BEM BOM!


Autora do poema: eu. Bem bom.

sábado, setembro 19, 2015

Literatura Brasileira



É espantoso como o Brasil, com tão pouca história, em parte humilhante, a pouca que tem, conseguiu dar tantas obras literárias interessantes, baseadas nessa mesma história. O que contrasta com a literatura portuguesa. Onde estão os romances sobre os acontecimentos imponentes da história portuguesa?

Vem isto a propósito de um escritor brasileiro que descobri recentemente e que me apaixonou, não conseguindo parar de o ler.

Josué Montello. 

Este é o eu livro mais emblemático, Os Tambores de São Luís, sobre a escravatura, cuja personagem principal é um negro alforriado é muito culto, em grande conflito interior, por não pertencer a um lado nem ao outro e por não poder ajudar os seus.

Quase tudo se passa no Maranhão, centrado na cidade de São Luís, neste caso aquando da publicação da lei do ventre livre, que dava a liberdade aos que fossem filhos de escravos, não aos pais.

Um outro livro, Noite sobre Alcantara, tem uma ação que decorre na passagem do século XIX para XX.

Se pensarmos que a escravatura só foi abolida no Brasil em 1888, talvez mais no papel do que na realidade, é este o tema recorrente dos romances deste autor.

sábado, agosto 29, 2015

Passadiço do Rio Paiva

Y



















O passadiço é uma estrutura de madeira que acompanha a margem do rio Paiva durante cerca de 9 kilómetros, permitindo caminhadas através de paisagens de beleza deslumbrante. Foi inaugurado em 20 de Junho deste ano e vai de Alvarenga até a Espiunca, existindo já o projeto de o prolongar, pois tem tido um enorme sucesso.

O melhor é o começar o percurso por Areinho, em Alvarenga,  e terminar na Espiunca. Esta última era uma aldeia intocada, paradisíaca, com poucos habitantes raramente visíveis e um rebanho de cabras pastando nas bordas da estrada, escoltadas por um cãozinho e por um bode. Tinha uma tasquinha muito discreta, frequentada só por homens, a moda antiga.

Agora é uma terra de ninguém. E de prazer, com a sua praia fluvial inundada de turistas, a sua tasquinha sempre a abarrotar de homens e de mulheres em calções ou fato de banho.
E, mais estranho ainda, até já tem sete táxis! Os autóctones queixam-se. Fora os que já começam, preguiçosamente, a enriquecer. (Os táxis servem para as pessoas voltarem para o automóvel que deixaram numa das pontas do percurso).


Mas comecemos do princípio.

Ainda em Castelo de Paiva fomos tomar o café da manhã num cafezinho de uma aldeia. Perguntaram-nos logo se íamos para o passadiço.
- Agora fazemos muito mais negócio. Nem tem comparação.
Sim, isto é o que dizem, satisfeitos, os comerciantes do concelho de Arouca, a quem coube a honra da genial ideia e também os do concelho limítrofe de Castelo de Paiva, que, ainda por cima, ostenta o nome do rio, causando alguma confusão.
- Até americanos! Até americanos já atendi! 

Começamos então a caminhada no Areinho. Subimos umas escadas imensíssimas, percorremos depois um caminho de terra na lomba da montanha e finalmente chegamos a um sítio muito alto. Dali é sempre a descer até a Espiunca. Primeiro quase a pique, numas escadas em que seria fácil tropeçar e cair, pois algumas são feitas de duas tábuas separadas. Este percurso é pontuado por varandas sobre o abismo, com vistas magníficas.

Depois o piso é plano e fácil, num suave declive. O percurso inverso é muito mais difícil, pois é sempre em ascensão e termina subindo aquela escadaria monumental para logo descer do outro lado. 

Mais ou menos a meio dos 9 kms, pelos quatro, surge então um bar, uma ponte suspensa que dá apenas acesso à outra margem e regresso, e uma belíssima praia fluvial, a praia do Vau, com umas escadas suspensas imitando as lianas de Tarzan, as quais permitem uma espécie de voo até ao rio, em original mergulho. Este é o lugar do Vau.

Depois disso, ou até aí, o caminho é menos interessante e menos belo. É também possível iniciar ou terminar no Vau, pois existe uma estrada. 
Sai-se na Espiunca, mas é claro que há quem faça ida e volta e quem inicie na Espiunca.
Aí já existem bares como comodidades, vendedores ambulantes, casas de banho públicas muito limpas e a tal dita praia. 

Como surpresa, e apesar do que alguns têm dito, ao longo de todo o passadiço não se vê um saco de plástico, um papel, uma garrafa, antes trabalhadores com grandes sacos de lixo, em que podemos depositar o que tivermos. 
É natural que seja assim, já que quem lá vai aprecia a natureza, mas ainda é novidade este espírito cívico.
Não se ouvem os pássaros, que fogem espavoridos de tanta movimentação e tanta gente, há mesmo muita gente, mas ouve-se sempre o sereno ruído das águas do rio.

A maneira do Norte, o ambiente é familiar, como se todos se conhecessem, toda a gente fala com toda a gente.

E sente-se o perfume das muitas árvores odoríficas: loureiros, eucaliptos... Bem como das ervas de cheiro.
As pernas ficam a doer, mas os pulmões agradecem como se ficassem lavados, a cabeça agradece a paz, os ouvidos o suave rumorejar das águas. Tudo em nós agradece o permanente milagre da natureza.

quinta-feira, agosto 27, 2015

São Telmo - capela de Câmara de Lobos, Ilha da Madeira









Nesta capelinha da Nossa Senhora da Conceição, em Câmara de Lobos, ilha da Madeira, podemos encontrar pinturas do artista Nicolau Ferreira. É uma pequena é muito bonita capela junto ao mar, mesmo no porto, que recolhe as devoções dos pescadores.

As cinco primeiras reproduções deste post referem-se a milagres de Sao Telmo, o santo das navegações, a que é atribuído, entre muitos outros milagres marítimos,  o chamado Fogo de Santelmo, mencionado por Camões n'Os Lusíadas, um fogo fátuo que se via por vezes nos mastros, provocado por eletricidade estática.
O nome completo é São Pedro Gonçalves Telmo, também conhecido pelo nome de "Corpo Santo".

Ver aqui
http://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/5045/1/LS_S1_08_Mario%20Martins.pdf


quarta-feira, agosto 26, 2015

Madeira: Câmara de Lobos















É, talvez, a terra mais bonita da ilha da Madeira, muito cinematográfica, vista do alto, vista de lado, vista do mar... Sempre diferente e sempre bela, na mudança de perspectiva.

Os lobos aqui referidos são lobos marinhos, espécie em extinção, mas que ainda existe lá perto, numas ilhas desabitadas.

É uma terra piscatória a poucos kilometros do Funchal, em que os pescadores, em pequenos barquinhas, agora a motor, mas sem qualquer espécie de proteção, pescam peixe espada preto, não muito longe da Costa, mas em águas muito profundas.

Em Agosto há as festas do peixe espada preto, como se vê pelos engraçados enfeites numa das fotos.
Tem também uma bela capela, com magníficos quadros de pintores portugueses, que estão num outro post.

quinta-feira, agosto 06, 2015

Ilha da Madeira: Curral das Freiras.








Vendo esta terra tão longe de tudo, esta capelinha tão bonita e pacifica, este pequeno  cemitério...  Imaginamos que este será um lugar para se viver e se morrer tranquilamente.

O estranho nome, Curral das Freiras, quer realmente dizer Vale das Freiras, já que as Clarissas procuraram refúgio nesse vale, aquando dos primeiros ataques dos pitatas / corsários.
Todas estas ilhas da Macaronésia têm uma história rlacionada com piratas, que, além de roubarem os bens, roubavam também a própria população, para a vender no mercado de escravos.
Talvez em todas as ilhas...

segunda-feira, agosto 03, 2015

Ilha da Madeira





Passei uma vez por aqui, oriunda dos mares e desejei ficar. Como noutros locais por onde passei.

E agora vim para ficar por aqui uns dias.

Esta ilha da Madeira faz parte das ilhas chamadas Macarronesia (Macarron quer dizer perfeito) também designadas por ilhas afortunadas.
De facto, esta ilha é muito parecida com a que conheço das Canárias. E mais simpática, sobretudo para portugueses e ainda fica mais perto.

Até há pouco tempo era muito cara, mas com os voos low-cost da Easyjet... Ainda poucos...
Os hotéis, se comparados com os portugueses, são baratos e ótimos.

Gosto das Canárias e de Cabo Verde, mas a Madeira supera tudo. Não se vê pobreza, é Portugal mas parece que estamos no estrangeiro, com tantos turistas, muitos do norte da Europa.

Passei uma vez por aqui, oriunda dos mares e desejei ficar. Como noutros locais por onde passei.

E agora vim para ficar por aqui uns dias.

Esta ilha da Madeira faz parte das ilhas chamadas Macarronesia (Macarron quer dizer perfeito) também designadas por ilhas afortunadas.
De facto, esta ilha é muito parecida com a que conheço das Canárias. E mais simpática, sobretudo para portugueses e ainda fica mais perto.

Até há pouco tempo era muito cara, mas com os voos low-cost da Easyjet... Ainda poucos...
Os hotéis, se comparados com os portugueses, são baratos e ótimos.

Gosto das Canárias e de Cabo Verde, mas a Madeira supera tudo. Não se vê pobreza, é Portugal mas parece que estamos no estrangeiro, com tantos turistas, muitos do norte da Europa.